Política de adoção

Parabéns pela sua intenção em adotar um gatinho! Quando você decide adotar um animalzinho abandonado você está não só salvando a vida dele, mas também permitindo que a ONG/Protetor abra espaço para retirar outro da rua. É um ato de amor e civilidade!

A Organização Mundial da Saúde estima que só no Brasil existem 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães abandonados nas ruas. Em cidades de grande porte, para cada cinco habitantes há um cachorro, destes, 10% estão abandonados. Só a prefeitura de São Paulo, estima que o número de cães e gatos abandonados na maior cidade do país varia de 300 mil a 1 milhão.

Nós resgatamos, tratamos e acolhemos gatinhos provenientes da rua, abandonados ou em situação de risco. Todo gatinho resgatado passa por nossa clínica veterinária parceira, onde são feitos exames preliminares para verificar a existência de doenças transmissíveis a outros gatos (FIV, FeLV) e também a existência de outras patologias. Todos são tratados, castrados, vacinados, vermifugados, microchipados e só então são levados para nossa sede para serem adotados. Não cobramos qualquer quantia pela adoção, só o compromisso de tratar do gatinho tão bem (ou melhor) do que nós!

Todo trabalho é feito por voluntários, que dedicam horas para vê-los saudáveis, alimentados, seguros e felizes. E para um voluntário não existe momento mais gratificante do que o da adoção. Por isso temos algumas regras para a adoção que precisam ser observadas, sem exceções.

Para nós não são apenas gatos abandonados, são nossos companheiros. Alguns chegam assustados e precisamos ganhar sua confiança com muito trabalho, paciência e amor. Outros chegam tão debilitados que precisam muito mais do que cuidados veterinários, precisam de dedicação integral e são encaminhados para casas de voluntários até se recuperarem. Outros são filhotinhos abandonados que precisam de “mães temporárias”: voluntárias que a cada três horas param o que estão fazendo para alimentá-los. Sofremos com suas doenças, compartilhamos o sofrimento deles como se fosse nosso e comemoramos cada pequena vitória. Conhecemos todos eles e cada particularidade é analisada para que sejam adotados pela pessoa certa. Temos certeza que existe o adotante certo para cada um de nossos gatinhos….por isso não temos pressa!

Pensando em tudo isso que foi dito, esperamos que o adotante seja uma pessoa disposta a cuidar do gatinho com carinho, paciência, amor e, principalmente, responsabilidade….por isso elaboramos nossa política de adoção.

Dessa forma, só doamos nossos gatinhos para apartamentos totalmente telados e casas sem acesso livre à rua ou com rotas de fuga. Temos alguns parceiros para indicar caso haja interesse do adotante.

Nós entregamos o gatinho na casa do adotante para verificar a segurança do novo lar. Não adianta dizer que as janelas ficarão fechadas e por isso não precisam ser teladas. Ou que a rua é tranquila e que tudo bem ele dar uma voltinha pela vizinhança. Todos os dias recebemos pedidos de ajuda para socorrer um gatinho que foi atropelado, atacado por um cão, envenenado, que caiu da janela ou foi vítima da maldade e ignorância humana. Não retiramos nossos gatinhos da situação de risco para devolvê- los para a mesma situação depois.

Se o candidato a adotante insistir na desnecessidade da instalação das telas de proteção ou eliminação das rotas de fuga, a adoção será negada.

Da mesma forma, entendemos que gatinhos não são brinquedos. A convivência das crianças com animais de estimação é super positiva e nós a defendemos apaixonadamente porque sabemos dos benefícios que trazem a ambas partes. Contudo, vamos verificar o perfil da família, principalmente quanto à supervisão da relação entre a criança e o gatinho (em muitos casos sugerimos um gato que não seja filhote e tenha perfil mais dócil).

Gatinhos também não são presentes….eles precisam ser adotados por quem realmente quer um gatinho. É uma grande responsabilidade e a pessoa tem que estar disposta a aceitá-la. Por isso um termo de responsabilidade é firmado no momento da adoção e, periodicamente, entramos em contato para saber como está a adaptação do gatinho.

Gatos também não são “caçadores de ratos”. Não doamos para comércios por melhores que sejam os argumentos…gatos devem viver dentro das residências e tratados como animais de estimação e não como eliminadores de pragas.

Caso exista um outro animal de estimação na casa também vamos investigar a personalidade dele e a possibilidade do convívio com um gatinho. Muitas vezes um cão super dócil tem aversão a gatos, e vice-versa.

Abandonar um animal é crime (maus tratos), punido com pena privativa de liberdade, por isso a adoção deve ser uma decisão consciente e bem planejada.

O fato do candidato adotante não se enquadrar em algum de nossos critérios não o desabona de forma alguma…alguém disposto a dar uma chance para um animal abandonado sempre será uma excelente pessoa, apenas não está dentro dos nossos critérios para adoção. Nós e nossos gatinhos agradecemos imensamente o seu interesse em querer que um deles faça parte da sua vida!